23 janeiro 2012

E aos Casos e Causos

Pois então, depois de meses de preparo e planejamento executamos nossa primeira ação na nossa já querida São Francisco do Brejão. Ela foi precedida de uma reunião para ajustes no cronograma. E também de uma caminhada com direito a fantasias, mega-fone e batuques pela principal avenida da cidade, uma forma de dizer: "Olá Comunidade, é o Rondon na porta da sua casa". E como era de se esperar, aquele misto de ansiedade e euforia davam o ritmo do batuque e violão. Visitamos à radio da cidade, e assim a voz dos Rondonistas Kessler e Emanuelli, foi ouvida por todos da cidade, os que estavam em suas casas e também pelos que não estavam, eis o poste que tem caixas de som. Assim, nos "retraimos até o nosso QG" (voltaremos experts em "militarês"), para então nos prepararmos para ação. Comemos, e como sempre muito bem, em qualidade e quantidade, sabe né, jovens, fase de crescimento e toda aquela coisa. Prontos, fomos. Era evidente que não sabíamos quem e quantos nos esperavam. E mais ansiedade, e agora era o coração que batucava ao ritmo de Criola. E os causos e os casos?! E o povo?? E o José?! E o bigode do Sarney!? Continuamos a procurar. Durante o trajeto o que viamos nas varandas e janelas era aquele olhar tímido para nós forasteiros. Mas que logo depois de um: "Olá tudo bem!? Transformava-se em um sorriso gentil. E assim andamos, até encontrar os causos e os casos. Então os achamos. Em Brejoenses que começaram falando baixo, mas que logo depois bateram no peito ao dizer: "Somos a maior bacia leiteira da região". "Já plantamos bastante arroz". "Já vendemos muita madeira". "Amanhã? Ainda não sabemos o que será, mas daqui uns 10 anos eu te conto". Foram dois momentos, um com um povo mais jovem e disposto a rir, mais falar do que ouvir, o que também era o propósito. Logo em seguida um outro com uma típica família do interior, com direito a presença da irmã do vizinho da cunhada parente do avô do irmão da mãe e cunhado do pai e os filhos dos filhos. Era um número considerável de pessoas. Como já estavam conversando, nos auto convidamos a chegar e entrar na conversa. Fomos muito bem recebidos e aceitos, sendo assim a prosa podê continuar. Foi um momento muito rico, ouvimos, falamos e nos emocionamos. E também rimos e muito, principalmente ao ouvir como é a imagem que eles têm de nós, povo sulista. Querem saber!? Acham que TODOS somos ricos. Pode até ser, sabe? Alguns até de coisas, mas muitos de coração. Seguindo esse pintar de imagens, se somos "ricos", eles são milionários, de coração, pois têm de sobra o que mesmo "ricos" ainda muito nos falta: uma simplicidade generosa, que nos ensina só de olhar.

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